cultură şi spiritualitate
Nos primórdios do calendário romano – que estava intimamente ligado à época da colheita – os meses de inverno só começaram a ser nomeados no século XII a.C. Seriam necessários vários séculos para estabelecer o dia 1 de janeiro como o início do novo ano. As primeiras representações do mês de janeiro geralmente apresentavam festas como este vitral do século XIII na Catedral de St. Etienne em Bourges, França.
Nos dias sombrios de inverno começa um novo ano. Mas janeiro nem sempre foi o início do ano novo. Inicialmente, os meses de inverno nem sequer eram nomeados nos calendários que deram origem ao sistema mais popular da atualidade.
Com o nome de Jano, o deus do tempo, das transições e dos começos, janeiro foi uma invenção dos antigos romanos. Segue-se o trajeto agitado do mês de janeiro – uma história que envolve um erro de cálculo astronómico, ajustes políticos e confusão no calendário.
Os humanos já assinalam a passagem do tempo em calendários há pelo menos 10.000 anos, mas os métodos usados têm variado desde o início. O povo mesolítico da Grã-Bretanha rastreava as fases da lua. Os antigos egípcios registavam o movimento sol. E os chineses combinavam os dois métodos num calendário lunissolar que ainda é usado atualmente.
Porém, o calendário moderno usado na maior parte do mundo evoluiu durante a República Romana. Apesar de ter sido atribuído a Rómulo, o fundador da política e o primeiro rei, é provável que o calendário tenha sido desenvolvido a partir de outros sistemas de datação projetados pelos babilónios, os etruscos e os gregos antigos.
O primeiro mês do ano novo tem o nome de Jano, o deus romano dos começos e transições. Jano é tipicamente representado com duas faces, como nesta moeda romana de metal datada entre 753 a.C. e 476 d.C.
À medida que o conhecimento científico e as estruturas sociais dos romanos mudavam, o mesmo acontecia com o seu calendário. Os romanos ajustaram o calendário oficial várias vezes desde a fundação da república em 509 a.C. até à sua dissolução em 27 a.C.
A primeira iteração do calendário abrangia uns escassos 10 meses e prestava homenagem ao que era importante nos primórdios da sociedade romana: a agricultura e o ritual religioso. O ano civil de 304 dias começava em março (Martius), em homenagem ao deus romano Marte. E continuava até dezembro, que era a época da colheita no clima temperado de Roma.
Os romanos vinculavam cada ano à data de fundação da cidade. Assim, o ano moderno de 753 a.C. era considerado o primeiro ano na Roma antiga.
O calendário inicial incluía seis meses de 30 dias e quatro meses de 31 dias. Os primeiros quatro meses homenageavam deuses como Juno (junho); os últimos seis foram numerados consecutivamente em latim, dando origem a nomes de meses como setembro (o sétimo mês, em homenagem à palavra latina septem, ou sete). Quando a colheita terminava, o calendário também terminava; os meses de inverno simplesmente não tinham nome.
Contudo, o calendário de 10 meses não durou muito tempo. No século VII a.C., por volta do reinado do segundo rei de Roma, Numa Pompilius, o calendário recebeu uma reformulação lunar. Esta revisão envolveu a adição de 50 dias e o empréstimo de um dia de cada um dos 10 meses existentes para criar dois novos meses de inverno de 28 dias: Ianuarius (homenageando o deus Jano) e Februarius (homenageando Februa, um festival romano de purificação).
O novo calendário era tudo menos perfeito. Como os romanos acreditavam que os números ímpares eram auspiciosos, tentaram dividir o ano em meses com números ímpares; a única exceção era fevereiro, que acontecia no final do ano e era considerado azarado. Havia outro problema: o calendário dependia da lua, não do sol. Uma vez que o ciclo lunar é de 29.5 dias, o calendário normalmente ficava dessincronizado com as estações do ano que devia assinalar.
Na tentativa de ajustar o calendário, os romanos começaram a incluir um mês extra, chamado Mercedónio, a cada dois ou três anos. Mas esta inclusão não foi aplicada de forma consistente, e vários governantes só vieram piorar as coisas, renomeando os meses.
“A situação piorou porque o calendário não era um documento que estivesse disponível publicamente”, escreve o historiador Robert A. Hatch. “O calendário era guardado pelos padres cujo trabalho era fazê-lo funcionar e determinar as datas dos feriados religiosos, festivais e os dias em que o comércio podia ou não funcionar.”
Finalmente, no ano de 45 a.C., Júlio César exigiu uma versão reformulada do calendário que ficou conhecida por calendário juliano. Esta versão foi projetada por Sosígenes de Alexandria, um astrónomo e matemático que propôs um calendário de 365 dias com um ano bissexto a cada quatro anos. Apesar de Sosígenes ter calculado mal a duração do ano em cerca de 11 minutos, o calendário estava agora quase sincronizado com o sol.
O novo calendário de Júlio César também tinha outra inovação: o novo ano começava no dia 1 de janeiro, o dia em que os seus cônsules – uma dupla de homens que constituíam o ramo executivo da república – tinham tomado posse. Mas embora o calendário juliano tivesse sido usado durante séculos, a data do seu novo ano nem sempre era honrada pelos seus adotantes. Em vez disso, os cristãos celebravam o ano novo com vários dias de festa.
Com exceção de alguns ajustes feitos por outros líderes romanos, o calendário juliano permaneceu basicamente o mesmo até 1582, quando o papa Gregório XIII ajustou o calendário para refletir com mais precisão a quantidade de tempo que a Terra demora a circundar o sol. O calendário antigo tinha 365.25 dias; o novo calendário tinha 365.2425 dias. O novo calendário também alterou datas, que tinham oscilado cerca de duas semanas, sincronizando-as com as alterações sazonais.
Só com a reforma feita pelo papa Gregório em 1582 é que o dia 1 de janeiro ficou estabelecido como o início do ano novo – para muitas pessoas, mas não todas. Nem todos adotaram o novo calendário gregoriano e, como resultado, o Natal é celebrado em janeiro para os membros das igrejas ortodoxas orientais.
Embora o mundo moderno esteja maioritariamente sincronizado com o calendário gregoriano, há outros calendários sobreviventes. Há culturas diferentes que reconhecem datas diferentes para comemorar o início do ano novo – e têm festivais, rituais e feriados, como o Nowruz, o Rosh Hashanah e o Ano Novo Chinês.
Este artigo foi publicado originalmente em inglês no site nationalgeographic.com
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