cultură şi spiritualitate
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Mesa de oferendas numa pintura do túmulo do alto funcionário Nakht, com os manjares (aves, uvas, figos e peixe) que o defunto consumiria no Além.
Os egípcios dispunham de uma grande variedade de alimentos graças à riqueza do solo fertilizado pelo Nilo.
Texto: Martina Tommasi
Desde tempos remotos, o rio Nilo foi um ponto de escala obrigatória tanto para os nómadas do deserto como para os animais que eles caçavam. No entanto, a partir do VI milénio antes de Cristo, os primeiros agricultores estabeleceram-se ali, formando o primeiro núcleo daquilo que mais tarde se converteria na sofisticada civilização egípcia. Foi precisamente a vida junto do Nilo que determinou a alimentação dos egípcios, ao proporcionar-lhes um sustento regular.
Todos os anos, entre Junho e Setembro, chegava a cheia do rio que, quando se retirava, deixava uma camada de lodo. Este barro escuro rico em substâncias férteis preparava o terreno para a sementeira, que era sobretudo constituída por cereais, uma vez que a base da alimentação era o pão. Por norma, o pão era feito com a farinha de diversos cereais, como a cevada (o mais comum), o trigo (reservado para os mais ricos), o farro, a espelta, o painço e o sorgo. Outros pães, pelo contrário, eram preparados com a farinha de legumes secos, como as lentilhas ou o grão. O nome comum do pão branco era ta hegd, embora também existisse ta uagd, pão verde, provavelmente condimentado com ervas, embora não saibamos de que tipo.
Comida e bebida para todas as classes sociais.
Os egípcios faziam três refeições por dia. O pequeno-almoço consistia em favas cozidas e temperadas com azeite. Ao meio-dia, comiam pão com vegetais crus ou legumes e fruta (carne quem podia) e a refeição mais substancial era o jantar. Quanto à bebida, a mais frequente era a água do Nilo, embora a cerveja também tivesse grande importância, chegando a ser usada como moeda de troca. Obtinha-se através da fermentação de pães de cevada pouco cozidos, por vezes empapados em vinho de palma, razão pela qual também se chamava “pão líquido”. Era um produto pouco alcoólico e armazenado em potes. O vinho era menos comum e só as elites o consumiam. Quando a uva amadurecia, esmagava-se com os pés em tinas, recolhia-se o sumo em ânforas e deixava-se fermentar.
As técnicas de cozedura dos diferentes pães variavam. O pão sem levedura era amassado na forma de bolos, que se colocavam no exterior de fornos de barro de forma cónica que eram aquecidos internamente. Depois do forno, o pão soltava-se e estava pronto para consumo. Outros métodos mais rudimentares consistiam em preparar o pão sobre pedras aquecidas ou num buraco escavado na terra e isolado com pedras.
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Os fornos “tradicionais” de pedra ou barro, em cujo interior se cozia o pão, foram inventados depois da descoberta da levedura por volta do ano 3000 a.C. Todavia, este produto estava muitas vezes contaminado pela presença de impurezas como insectos ou areia, que provocavam um desgaste precoce dos dentes.
Fruta e legumes
As casas egípcias possuíam pequenas hortas domésticas que produziam legumes e vegetais que nos são familiares hoje em dia: pepinos, alfaces, alhos-porros, alhos, cebolas, nabos, abóboras pequenas ou aipo. Cultivavam-se também algumas ervas que actualmente são difíceis de identificar ou simplesmente desconhecidas, como a melokhia, uma planta de folhas verdes provavelmente semelhante aos espinafres.
Nos jardins das residências aristocráticas, plantavam-se árvores de fruto, como a romãzeira, a figueira, o tamarindo ou a tamareira. O fruto desta última era consumido fresco e seco ou espremido e deixado a fermentar para obter o chamado “vinho de palma”, um licor ao qual podia ser adicionada cerveja para aromatização.
Os egípcios também exploravam solos não cultivados: nas margens do Nilo, cresciam açofeifas e palmeiras, assim como sicómoros (que davam um fruto parecido com o figo), alfarrobeiras, melancias e muitas ervas silvestres utilizadas pela população camponesa.
Plantas medicinais. O papiro ebers, que remonta a 1550 a.C., é o texto médico-cirúrgico mais antigo e completo que se conhece. O texto fornece informações sobre a farmacopeia da época e oferece receitas médicas preparadas com plantas: refere especiarias e ervas medicinais, como o manjericão para o coração ou a papoila para a mordedura de crocodilo.
O papiro, que se usava para a produção do famoso suporte para escrita, também podia ser consumido e crescia em abundância nas marismas. Era costume chupar o seu talo, de sabor muito doce, quando era acabado de colher. Como conta o filósofo e botânico grego Teofrasto na sua História das Plantas, “o seu uso mais importante é como alimento. Cru, fervido ou assado, o papiro mastiga-se em todo o país. Extrai-se o suco e deita-se fora o resto”.
Pecuária e caça
Os egípcios também valorizavam os alimentos ricos em proteínas. Criavam ovelhas e especialmente cabras, das quais obtinham leite e queijo. Quanto às aves, criavam gansos e pombas, mas a galinha era desconhecida. Os bovinos eram utilizados para trabalhar no campo e, como eram especialmente importantes para essa função, eram marcados a fogo no flanco direito sob supervisão atenta dos escribas. A carne de bovino era um produto caro e nem todos podiam consumi-lo diariamente. O seu consumo diário era prerrogativa da nobreza.
Em contrapartida, o papel do porco é ambíguo. Antes da sementeira, estes animais corriam pelos campos e adubavam o terreno para que as sementes pudessem penetrar melhor na terra. Eram alimentados com restos de comida, resolvendo assim o grave problema da eliminação de resíduos domésticos que podiam converter-se em focos de infecção. No entanto, eram considerados animais impuros e quem estava em contacto com eles tinha de purificar-se, mergulhando por completo no rio. Assim, embora os criadores de porcos fossem cidadãos livres, não podiam entrar nos templos ou casar-se. Apesar de serem animais impuros, uma vez por ano sacrificavam-se porcos à deusa Nut e a sua carne era normalmente consumida pelos camponeses.
Os egípcios caçavam sobretudo codornizes e vários tipos de patos. Dois homens seguram gansos. Museu de Arte, Cleveland.
A caça, cujo cenário principal era o Nilo, desempenhava um papel importante na vida das classes altas. Embora o povo pudesse caçar para se alimentar, os nobres praticavam-na como diversão lúdica. Os caçadores navegavam pelo rio em embarcações de juncos e capturavam numerosas aves com uma espécie de bastão curvo usado como arpão. De seguida, os cães ou gatos de caça recolhiam as presas e entregavam-nas ao amo. Os criados acompanhavam os seus senhores nas caçadas para transportar as aves capturadas, depois fechadas em jaulas. As presas mais comuns eram as codornizes (que também se criavam) e vários tipos de patos. No Nilo, também se caçava o hipopótamo, enquanto nas zonas do interior se caçavam sobretudo órix (gazela de chifres longos que hoje praticamente desapareceu) e avestruz.
Peixes, ovos e doces
O Nilo oferecia grande abundância de peixes, especialmente carpas, bagres, enguias e tainhas, dos quais se extraíam as ovas. Curiosamente, a população preferia a carne ao peixe. Alguns sacerdotes estavam proibidos de consumir um determinado tipo de peixe e, ao que tudo indica, os faraós também não o consumiam em excesso. Em todo o caso, a pesca estava muito difundida. Era praticada com arpões, anzóis e fios de pesca, mas especialmente com redes de arrasto que se teciam entrelaçando as fibras dos juncos.
O alto funcionário Maaty sentado perante uma mesa de oferendas. XI Dinastia. Museu Metropolitano, Nova Iorque.
Os egípcios também eram consumidores de ovos de diferentes espécies: pelicanos, avestruzes, codornizes e outras aves selvagens que faziam ninho nas margens do Nilo. Para cozinhar utilizavam gorduras animais, como a manteiga e a banha de ganso, e gorduras vegetais: a mais comum era o óleo de sésamo, embora também se recorresse ao óleo de linho, de rábano e, mais raramente, ao azeite.
Os egípcios gostavam dos alimentos doces. O mel, considerado um produto de luxo, era consumido pelos ricos. Em contrapartida, os cidadãos comuns adoçavam o pão com tâmaras cozidas, alfarrobas, figos e passas. A falta de recursos não era um obstáculo para os pobres adoçarem também a sua vida.
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